quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

2015 começou e os problemas começaram juntos.


O ano de 2014 acabou e as vendas esperadas pelas montadoras acabaram não se realizando como deveriam e isso acabou gerando um alto número de demissões depois das férias coletivas de fim de ano.

Houveram 160 desligamentos oficiais na Mercedes Benz e 800 na Volkswagen, ambas localizadas no ABC paulista. Como protesto 13.000 funcionários da fábrica da Volks que produz Gol, Polo, Polo Sedan, Saveiro e Saveiro Cross cruzaram os braços e firmaram uma greve que se estendeu por alguns dias, além de organizar passeatas que fecharam a rodovia Anchieta pedindo a suspensão das 800 demissões, alegando que a montadora havia descumprido acordos firmados com os metalúrgicos.

No caso da Mercedes, as demissões descumpriram uma cláusula que garantia renovação de layoff – suspensão temporária de contrato – até o dia 30 de Abril para 1.015 funcionários que já se estavam afastados de suas atividades, foi sugerido a 244 trabalhadores deste grupo o PVD (Programa de Demissão Voluntária), alguns concordaram e os que discordaram foram demitidos. “A empresa foi precipitada neste caso, mas é importante ressaltar que temos uma história de boa relação e acreditamos que essas demissões poderão ser revertidas”, disse Rafael Marques, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Depois de 11 dias e de muita negociação entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a Volkswagen voltou atrás e readmitiu todos os funcionários que haviam sido demitidos. Em nota a empresa afirma que ficou feliz com o resultado das negociações assim como o Sindicato, mas em contrapartida terá que readequar o efetivo com medidas que vão desde o Programa Voluntário de Demissões à “desterceirização” dos funcionários.

Mas há uma explicação econômica para as demissões e os desgastes entre as montadoras e os funcionários. O Volkswagen Gol, carro mais popular no Brasil perdeu lugar para o Fiat Palio, houveram quedas, 7% nas vendas, 40% a menos em exportações, além da diminuição de 15% em produção no ano passado. Tomara que 2015 renove as energias e a economia brasileira.